quarta-feira, 21 de julho de 2010

Uma DIGNÍSSIMA HOMENAGEM vinda de um RIVAL

Seria otimismo de torcedor, não fossem os fatos. E se os fatos estão contra ele, azar dos fatos. Eis que surge o primeiro grande clube de futebol do Rio de Janeiro. O primeiro, pois os outros ainda eram regatas.


Luta pela formação da Liga, vence as primeiras, muda de cores e consegue a combinação mais rara de todas: Verde, branco e grená.


Único por ignorar as massas, o torcedor do Flu tem orgulho de ser “elite”. Enquanto todos brigam para também fazer parte do “povão”, o Tricolor se orgulha de não dividir esta paixão.


Senti uma única vez o que é ser Fluminense. E não mais esquecerei.

Era Libertadores de 2008, e por um acaso do destino resolvi subir pra arquibancada do Maracanã aos 44 do segundo tempo para ver o meu São Paulo confirmar a vaga nas semifinais. Quando subi, olhei em volta e me assustei. Eles não estavam “torcendo” pelo gol milagroso, mas sim “esperando” por ele.


Nunca vi tanta certeza diante do improvável. E ali, cabisbaixo, fui confundido com um deles e fiz parte da comemoração da eliminação do meu time. Levei 10 segundos pra sentir raiva da situação, outros 10 pra ver o quanto fui sortudo de subir ali.


Afinal, de longe, não teria condições de notar o quanto eles queriam isso. Não poderia estar perto e sentir a alegria daquela multidão em conseguir aquela vitória épica. Mas eu vi, entre eles, e quando desci pra cabine não tinha mais nenhuma sensação de tristeza.


A contagiante alegria de sua torcida simplesmente neutralizou a dor da derrota do meu time. Ali, entendi: “Era a vez deles”.


Nos últimos anos o Fluminense tem conseguido fazer espetáculos com sua torcida no Maracanã. Seja pra não cair, seja pra levar um caneco, lá está ela, surgindo do nada, entupindo o maior do mundo e fazendo festas memoráveis.


Nas situações de rotina, um `pó-de-arroz’ pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas.”, disse Nelson.


Dizem que o clube sujou sua camisa ao “virar a mesa” para subir no Brasileirão. Mas não, não é por ai. Todos já fizeram uso de politicagem para conseguir vantagens no futebol. Um clube de 108 anos e tantas glórias não pode ser marcado por um presidente estúpido que eternizou o ato com uma champagne na tv.

Dizem que há anos o Fluminense não conquista nada. E eu fico com Nelson, novamente: “O que são 100 anos pro Fluminense?”.


O que pode ser maior ou mais relevante do que ter seu clube fazendo parte de 50% do jogo mais famoso do planeta?


O estádio do futebol é o Maracanã. Seu cartão postal é o Fla-Flu, e isso basta a qualquer credencial de grandeza.


Não bastasse, ainda tem os feitos, as glórias, os ídolos e as lindas derrotas.


Sim, lindas derrotas. Como as diante da LDU na Libertadores e na Sulamericana. Belíssimas partidas perdidas onde seu clube sai aplaudido, forte, limpo.


O futebol é feito de paixão. E paixão vive de altos e baixos. Não há paixão só na alegria, nem apenas na dor.


Ir a série C foi o fundo do poço pra um grande clube como o Flu. Mas, quantos sairiam deste fundo do poço?


Ele saiu. E saiu pra levar a Copa do Brasil, para disputar Libertadores, ser finalista, chegar a decisões e voltar ao cenário do futebol montando grandes times e escrevendo, em 2008, as mais belas páginas do futebol brasileiro.

Hoje, com Fred, Conca e Muricy, é um dos favoritos ao Brasileirão.

Não, não são muitos os clubes que conseguem ir ao fundo do poço e voltar sem cerimônias.

Nesta data especial, onde rivais tentarão diminuir o aniversariante, o torcedor do Flu pode olhar para trás e sentir orgulho.


Orgulho de Assis, Romerito, Branco, Thiago Silva, Edinho, Gérson, Renato, Rivelino, Washington e Castilho.


Orgulho do time campeão brasileiro de 84, do derrotado time de 2008, e do guerreiro time que evitou uma tragédia em 2009.


O Fluzão conhece, como poucos, todas as sensações que o futebol é capaz de nos dar. Do vexame a glória, da arrogância a humilhação. Mas conhece, sobreviveu a todas.


Grandes são os outros, o Fluminense é enorme.”, disse Nelson Rodrigues, eufórico, apaixonado, cego, mas… verdadeiro.


Parabéns, Fluzão! 108 anos sendo protagonista do maior futebol do mundo.


Aceitem esta pequena homenagem de um jornalista apaixonado por futebol, mas que torce pelo “tricolor paulista”. Porque eu sei, em respeito a história, que tricolor só tem um. O resto tem três cores.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

TRANQÜILO?!!!

Foto:Amanhecer na Praia do Rosa (Fernando Bastos 01/01/10)

Hoje nós todos começamos uma nova semana, semana essa que espero ser bem melhor que a passada; que começou com muitas chuvas e muitas perdas; depois que escrevi sobre as chuvas, muitas coisas ruins ainda aconteceram, pessoas morreram e perderam suas casas e nada deve ser mais difícil que isso; hoje também fiquei muito triste por saber que uma maquiadora amiga minha, uma das primeiras amigas que tive como profissional; perdeu tudo; ficou com a casa ilhada; tomada pela água; ao menos a casa está de pé... Amiga eu sei posso te dizer apenas uma coisa... Estou com você! Afinal, aprendi muito com suas lições, em cada set e em cada filme, e com cada conselho seu; é amigos, essa minha amiga, não morava em área de risco e muito menos num terreno invadido; a tragédia rolou para todas as classes; e hoje até me sinto envergonhado por ter ficado bravo por ter um celular sem funcionar; um telefone mudo ou por ter ficado contando às horas que teríamos a maior das maiores ressacas.

Mas vamos falar de outras coisas né? Eu estava muito tempo sem ir ao Maracanã e adorei ter ido e visto amigos e colegas que ficaram felizes também que durante o BBB sentiram minha falta ali; não foi feliz ver o Fluminense eliminado mais uma vez. Já no domingo esqueci que o futebol existia e fui almoçar com pessoas realmente incríveis que um dia espero poder falar delas melhor (pois merecem um texto inteiro)... Foi muito bom ver o “framengo” classificado e nem ligar; não sofrer por isso, foi realmente maravilhoso. Com o fantástico na TV acabei revivendo as cenas fortes da semana e fui dormir pensando em tudo aquilo... Que loucura... Parei e vi que meus problemas não existem, não são os piores e que não podia nunca desanimar...

Seguir em frente, seja lá como for, seja lá porque for, mas sempre seguir em frente; as vezes sofrer é opcional, e nesses casos não devemos e não podemos dar espaço para esse sentimento. O tempo passa, e triste é deixá-lo passar, olhar para trás e se arrepender de não ter tomado a decisão correta, a atitude certa; ou até mesmo ficar arritado por ter num certo momento a certeza que estava certo, mas depois descobrir que estava errado... A vida engana, ensina, o tempo passa e tudo que levamos é experiência, é certeza que temos que começar de novo, e refazer de outra forma para que não dê errado novamente, e mesmo quando da certo, recomeçar para evoluir e melhorar, porque se for par estacionar. Que seja o carro na garagem; afinal, não aprender, não evoluir e não crescer não tem graça... E não ache que eu fico triste ou nervoso com tudo isso... Eu cresço e aprendo todo dia, com a minha vida e com a nossa história eu no fundo, no fundo só quero levar e ter uma vida TRANQÜILA!!!

Tranqüilo
Thalma de Freitas
Composição: Kassin


Tranqüila

Levo a vida tranqüila

Não tenho medo do mundo

Não vou me preocupar

Tranqüila

Levo a vida tranqüila

Não tenho medo da morte

Não vou me preocupar

Que passe por mim a doença

Que passe por mim a pobreza

Que passe por mim a maldade, a mentira e a falta de crença

Que passe por mim olho grande

Que passe por mim a má sorte

Que passe por mim a inveja, a discórdia e a ignorância

Tranqüila

Levo a vida tranqüila

Que me passe

A doença que me passe

A pobreza que me passe

A maldade que me passe

Olho grande que me passe

A má sorte que me passe

A inveja que me passe

A tristeza da guerra

Tranqüila

Levo a vida tranqüila

terça-feira, 6 de abril de 2010

POPULAÇÃO EM CHEQUE


Ontem segunda-feira (5/04), ainda eram 10 horas da manhã e eu já estava um pouco temeroso, afinal, minha gravação estava sendo interrompida por uma chuva mega super forte; que anunciava a chegada de uma forte frente fria, e com ela chegara à hora do maior SWELL dos últimos anos (RESSACA) ao menos pela previsão que marca ondas de até 5 metros e meio no Rio de Janeiro; então todos os surfistas da cidade estavam eufóricos; estavam; e não deixaram sua euforia de lado porque as ondas não aparecerem e sim por que a cidade passou pelo piores momentos dos últimos 44 anos e na volta do trabalho eu já pude começar a sentir na pele o que toda a cidade sentiu durante aquela noite;
Estava tudo bem apesar da forte chuva, eram cinco horas da tarde e peguei o ônibus no bairro do Humaitá, geralmente em uma hora e meia eu chego na minha casa e estava tudo até melhor que o normal até percorrer aproximadamente dois terços do caminho e simplesmente ficar ali, parado por 2 horas vi a água subir e muito antes do ônibus voltar a andar, e até chegar a ponte foram longas duas horas e meia; percebi que a cidade estava literalmente de baixo d’água; preocupado liguei para meu pai que estava bem, embora também no trânsito; cheguei em Niterói e percebi que não chovia mais, apenas garoava mas via tudo a minha volta cheio d’água; a trégua foi suficiente para eu chegar em casa e assistir pela TV que eu não tinha passado por absolutamente nada, a chuva voltara e toda a cidade estava literalmente ilhada.
Mistura de alivio e dor; percebi que havia chovido por toda a madrugada, não dormi direito e acordei muitas vezes com o barulho do vento e da água, mas só “cai na real” to tamanho do estrago quando meu pai me ligou as dez pras sete da manhã, perguntou como estavam as coisas aqui e decidiu nem tentar ir trabalhar, voltou para casa e ficou seguro; mesma sorte não teve meu amigo de trabalho o Sávio que dormiu no carro por toda noite e só chegou em casa no meio da tarde...
Saí de casa por meia hora e percebi que meus planos de banco e mercado seriam em vão, a minha rua fechada e com a LAMA que descia a LADEIRA como se fosse um rio, liguei a TV e vi que minha linda cidade estava cinza, silenciosa e amedrontada; vi vidas se perdendo por todo o dia, já se foram 98 pessoas, em meio a escombros e deslizamentos; como é triste ver isso, pessoas perdendo tudo, em pensar que pouco tempo atrás pedi ajuda a Santa Catarina e hoje vejo que quem vai precisar de ajuda somos nós, no meio de uma metrópole, no meio da cidade Olímpica, cidade da final da Copa do Mundo... A alegria carioca se escondeu e não há mesmo como sorrir, é meia noite e meia da madrugada de quarta-feira são 38 HORAS DE CHUVA, ela voltou com força e ventos fortes, não consigo dormir, e muito menos sorrir... a chuva não para a ressaca já chegara a maré cheia atrapalha a água a escoar e aqui em Niterói uma das melhores cidades do País para se viver, pela primeira vez em sua história, estamos em ESTADO DE EMERGÊNCIA; estou seguro no meu apartamento, a luz vai e volta, os telefones não funcionam direito, mas o pior está lá fora... a chuva não para...
Súplica Cearense
Composição: Gordurinha e Nelinho
Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus,
perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu... RIO DE JANEIRO

segunda-feira, 22 de março de 2010

Quase sem querer



Estava no aniversário de um grande e querido amigo numa roda de viola, quando começaram a cantar Legião Urbana; engraçado como todas as rodas de viola tocam Legião; E resolvi fazer uma busca rápida no meu itunes para ver quantas músicas e letras da Legião eu tinha; e descobri que tenho todas, fiquei muito tempo viajando em letras que nunca reparei; uma ex. namorada uma vez me escreveu um pequeno parágrafo de uma música; e hoje eu percebi que muitas músicas falam de conflitos e dúvidas com o si mesmo; me chamou muita atenção uma das músicas cantadas ontem na roda de viola; e sobre ela vou escrever e é dela o título do texto de hoje também.
Quase sem querer eu já devo ter deixado pessoas bravas, quase sem querer eu já devo ter me deixado bravo, quase sem querer eu devo ter errado, acertado, quase sem querer devo ter sido justo, injusto, quase sem quer eu devo ter viajado, quase sem querer já devo ter dormido e acordado, quase sem querer já devo ter deixado de ser eu mesmo...
Andar destruído e impaciente fez parte de um bom tempo da minha vida, eu não sabia se estava trabalhando com a coisa certa; queria mais dinheiro e menos trabalho e nada acontecia; descobri depois de tanto procurar o caminho para o meu sucesso, para a minha satisfação profissional; ainda não sou milionário, mas já sou rico, rico de saúde, paz e felicidade; encontrei-me e descobri o caminho, posso trabalhar num sábado e ou num domingo e não me sentir melhor nem pior; por isso, posso ralar num feriado e no fim me sentir recompensado; e não existe recompensa maior do que saber que mais de 80 milhões de pessoas estão assistindo o seu trabalho; muitas vezes me pego pensando na música, no poder que ela tem escrever é um dom incrível, amo escrever, quero um dia publicar livros, mas escrever músicas deve ser algo incrivelmente satisfatório, o poder da rima eu não tenho, acho que nem os da palavra, mas o que sentia Renato Russo quando via e ouvia pessoas cantando músicas como essa... Talvez ele nem vivesse tão impaciente, distraído e indeciso...
A indecisão faz parte da vida de todos nós, isso é fato, o que nos difere a coragem, coragem de lutar, de correr atrás, de fazer acontecer, andar indeciso, e distraído faz parte da vida, mas a distração não deve levar muito tempo, o tempo passa e não adianta passar a vida mentindo pra si mesmo, afinal, como diz a música mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira.
Mas NÃO SOU MAIS CRIANÇA...






Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha
Tenho andado distraídoImpaciente e indecisoE ainda estou confusoSó que agora é diferenteEstou tão tranqüiloE tão contente...
Quantas chances desperdiceiQuando o que eu mais queriaEra provar pra todo o mundoQue eu não precisavaProvar nada pra ninguém
Me fiz em mil pedaçosPra você juntarE queria sempre acharExplicação pro que eu sentiaComo um anjo caídoFiz questão de esquecerQue mentir pra si mesmoÉ sempre a pior mentira
Mas não sou maisTão criança, oh! oh!A ponto de saber tudo...
Já não me preocupoSe eu não sei por queÀs vezes o que eu vejoQuase ninguém vê
E eu sei que você sabeQuase sem quererQue eu vejoO mesmo que você...
Tão correto e tão bonitoO infinito é realmenteUm dos deuses mais lindosSei que às vezes usoPalavras repetidasMas quais são as palavrasQue nunca são ditas?
Me disseram que vocêEstava chorandoE foi então que eu percebiComo lhe quero tanto...
Já não me preocupoSe eu não sei por queÀs vezes o que eu vejoQuase ninguém vê
E eu sei que você sabeQuase sem quererQue eu queroO mesmo que você...Oh! Oh! O

sexta-feira, 5 de março de 2010

MEDO


Segundo o Aurélio; a palavra medo significa

medo (ê)

s. m.

1. Receio. (receio s. m.1. Incerteza. 2. Apreensão. 3. Temor.)

2. Terror; susto.

Bem e nesse momento vocês todos que me lêem devem estar pensando; nossa esse doido vai escrever sobre o medo? Vou sim, e sabe por quê? Porque todos tem medo, medo de alguma coisa; então pare e pense; você tem medo de que?

Essa semana mesmo longe de perigo eu pensei no medo; quando vi ainda nos jornais da internet que às 21h45min bandidos colocaram fogo em dois ônibus na Cidade de Deus; e por La passo todo dia exatamente essa hora; pensei que poderia estar lá, pensei em que as pessoas do bem que passaram por momentos horríveis ali sentiram, pensei como pode uma cidade com tanta violência ser chamada de maravilhosa e por conta desse acontecimento e mais uma frase de uma pessoa que eu gosto muito, resolvi falar sobre o medo...

Logo de cara eu paro e lembro que há muito tempo atrás um surfista de ondas gigantes disse numa entrevista; EU QUASE MORRO DE MEDO; parei e pensei como um cara que surfa ondas do tamanho de um prédio pode ter medo de alguma coisa? E pensei em mim mesmo; muitas vezes, em diversas situações eu já tive medo do mar, não pânico, ou desespero, apenas medo; e logo cedo graças ao surf eu entendi uma coisa; o medo ajuda você a entender o seu corpo, a criar os seus limites e com isso você cria um respeito enorme sobre o oceano; (assim aprendi a ter respeito); mas... Como nem todos são surfistas, esse pode não ser um exemplo perfeito. Em uma cidade como a nossa; todos devem ter medo de ser assaltados, e esse medo real e tenso, só podemos controlá-lo com atenção e calma; mas existem outros medos que podemos superar; como medo de um novo trabalho; medo da mudança de vida; medo de arriscar uma nova fase; medos esses que todos têm... E poucos os revelam; medos esses que podem mudar ou não o seu destino. Você tem medo da mudança que bate a sua porta; por exemplo; mudar de emprego? Mudar de profissão? Mudar de cidade? Enfim tudo isso pode gerar medo; o que eu percebo é que muitas pessoas e eu inclusive; deixam de fazer coisas importantes por conta de algum tipo de medo; O medo nesses casos acho eu, serve para alertar; dar limites e nos fazer pensar nas melhores maneiras de viver o desafio da mudança; o único conselho que eu posso dar é... Cuidado; por que o tempo passa e não volta; por isso medo demais pode virar arrependimento;

E eu antes de me arrepender; vou parando por aqui porque eu tenho MEDO, de vocês não gostarem e não voltarem mais para ler meus textos... Ehehehehe


FOGO CRUZADO (O RAPPA)

Fogo Cruzado
Eu tô no fogo cruzado
Vivendo em fogo cruzado
E eu me sinto encurralado de novo
No Gueto o medo abala quem ainda
Corre atrás
Do fascínio que traz o medo da
Escuridão
Que é a vida

.....

Que se orgulham do Cristo
De braços abertos, mas não abrem
As mãos
Prá novos ventos

....

Tô no fogo cruzado
Vivendo em fogo cruzado

Entre a Bélgica e a Índia
Entre a Jamaica e o Japão
Entre o Congo e o Canadá
Onde a guerra nunca tá
Entre o norte e o sul
Entre o mínimo e o Maximo
Denominador comum

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Perdão


(origem controversa)

s. m.

1. Remissão de culpa, dívida ou pena. = desculpa

2. Absolvição, indulto.

3. Benevolência, indulgência.

interj.

4. Fórmula que exprime um pedido de desculpas.

Caramba, nem sei o que me deu, mas resolvi escrever hoje sobre perdão, perdoar e ser perdoado. Acho que até mesmo quem vos escreve agora, terá certa dificuldade em escrever sobre o tema; mas o legal é isso, escrever sobre assuntos que necessitam de reflexão. Então como começar? Pelo início...

Quem nunca errou? quem nunca pediu desculpa que “atire” a primeira pedra, e de cara eu afirmo, é muito mais fácil pedir perdão que perdoar, porém aquele pedido de desculpas, com arrependimento verdadeiro nem sempre é tão fácil de fazê-lo... Quem nunca pediu desculpas e se arrependeu depois? A vida ensina, e com o tempo as pessoas aprendem a errar menos, a estar mais firme e certa nas decisões, nem sempre você, eu e outras pessoas ao nosso redor, fazem as coisas erradas tendo certeza que as estão fazendo. E em tudo na vida, pessoal ou profissional, nós seres humanos estamos sujeitos a perdoar e ser perdoado. E confesso que ao menos para mim, perdoar pode não ser uma coisa simples a ser feita, e ao mesmo tempo isso não é bom pra ninguém; E digo isso em relação a qualquer coisa, até mesmo como uma brincadeira, eu, por exemplo, hoje não perdôo um Molambo Flamenguista que me passou uma msg para me sacanear por meu Tricolor ter perdido para eles, e isso vai me forçar um dia a dar o troco... Ao contrário da forma que aprendi, afinal, perdão gera perdão, você tem que perdoar para ser perdoado. Mas vou voltar a falar de perdão porque para falar de vingança, teria que me forçar a lembrar de coisas que nem gostaria.

Mas então, como perdoar? Como realmente esquecer uma coisa, ou uma atitude que lhe deixou triste, chateado ou apenas receoso? Eu já aprendi a pedir perdão de verdade, já me arrependi de atitudes, porém, não fui perdoado, mas ao mesmo tempo também não aprendi a perdoar, e para isso acontecer acho que ainda tenho que percorrer muita estrada por ai... Estrada chamada VIDA, e nessa estrada, você aprende na pratica, como se deve agir e levar o seu caminho, passo a passo e o meu para me tornar uma pessoa ainda melhor, não para você ou para qualquer outro e sim para o meu próprio coração, espero um dia e em breve aprender a perdoar, e respeitar as diferenças e dificuldades que a vida nos empoe.

ESSE TEXTO É UMA HOMENAGEM ao Casal de amigos Bruno e Luiza, pela excelente e carinhosa conversa do último sábado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O calor e o Verão


O verão é esperado por todos, em todo o mundo, não importa a idade que se tenha, passamos o ano inteiro esperando o verão, muitos para ir a praia, muitos para ficar em casa, outros para trabalhar e muito; e você, espera o verão para fazer o que?

Eu espero o verão para ir ao Sul, pegar onda em água gelada, rever amigos e me divertir um pouco, espero o verão para ter um reveillon e um carnaval em ritmo de férias (não esse ano), espero o verão para tomar chopp em plena segunda-feira e não me sentir culpado por ainda faltar a semana inteira, espero o verão para ir a praia até as 20h, espero o verão...

Mas infelizmente o verão não nos traz apenas coisas boas, tem o calor infernal do Rio de Janeiro, sempre próximo aos 40 graus, isso quando não fica em 42; tem as chuvas, a dengue e no caso dos surfistas como eu, uma coisa menos grave porém intediante, uma falta de onda danada, o mar vira piscina para aqueles que querem apenas fazer bagunça nas praias e fazem, deixam seu lixo no chão, nas areias e até dentro d'água; engraçado que ninguém joga papel de picolé no chão da sala de sua casa, ninguém deixa uma espiga de milho na sua cama, mas na praia... ah, na praia fica tudo... e quem sofre com isso somos NÓS, eu e você que quando chegar o inverno e os dias frios e chuvosos, vamos a praia do mesmo jeito.

Lixo é mesmo um dos maiores problemas da humanidade hoje, vide que a "máfia" europeia "despacha" navios inteiros carregados de lixo e simplesmente descarregam em alto mar, no meio do oceano, e as vezes até em países subdesenvolvidos da África; as coisas que acontecem nos oceanos são barbaridades incríveis, mas vamos deixar de lado o oceano e olhar mais para o nosso "quintal" todo dia quando vou e volto do trabalho, atravesso a Cidade e Deus, o Canal da Barra e outros rios e o que vejo? LIXO, LIXO e mais LIXO, tudo nas margens e nas galerias, isso já sabemos no que vai dar né?! Já estamos sofrendo com enchentes em todo o país, e também aqui no Rio, engraçado que as pessoas que mais sofrem com as enchentes, são as próprias que obstruem os rios com seu Lixo, com suas garrafas e latas; que entopem, as galerias que transbordam na porta da sua casa... Ainda estamos em Janeiro, na última semaninha é claro, e o verão ainda está a todo vapor, mas se continuar assim, chovendo dessa forma e com todo esse lixo por ai jogado, as "águas de Março" podem não ser tão agradáveis quanto a música do "nosso" saudoso Tom.

Eu espero o verão para ver as pessoas felizes, rindo, se divertindo, de férias por ai, eu espero o verão para ir a praia sem medo da chuva, e queria ver um verão sem desabrigados e choro, as chuvas sempre vão cair, a natureza sempre vai mostrar sua força, e castigar quem a ela maltrata... E você? Espera o verão pra que?


"Mas não tem nada não,

Só guardo o que foi bom,

Pro meu coração..." NATIRUTS